O amor, o mais nobre e valioso sentimento que podemos
experimentar, deveria ser fonte apenas de alegria.
Entretanto, para um grande número de pessoas ele é, na
maior parte das vezes, causa de grande sofrimento.
Quando começa a vivenciar sua afetividade de modo mais
amplo, ou seja, fora da esfera da família, o ser humano
é colocado diante de muitos desafios, que colocam em
teste todos os aspectos de seu ser.
A segurança interior, o amor próprio e a autoconfiança,
se foram bem desenvolvidos e estruturados durante o
processo de crescimento, permitirão que a relação e a
troca com o outro se dê de maneira saudável e natural.
Mas, se isto não aconteceu e a carência de afeto e
nutrição interior se estabeleceu, ele passará a procurar
no outro alguém que irá preencher o seu vazio interno.
A partir daí, a segurança a respeito de si mesmo
dependerá sempre da avaliação exterior, e quando esta
aprovação não vem, ele se transforma numa pessoa
infeliz, para quem uma perda ou separação se torna uma
questão de vida ou morte.
Não são poucas as pessoas que acabam desistindo da vida
porque alguém as decepcionou e não lhes deu o amor que
elas esperavam receber. Outras continuam vivendo, porém,
desenvolvem um medo do relacionamento e acabam por optar
pela solidão como defesa contra o sofrimento.
Há, ainda, aquelas que se sujeitam a todo tipo de
exploração e abuso emocional, vivenciando
relacionamentos doentios pela incapacidade de se verem
sozinhas, ainda que a relação de afeto que possuam seja
apenas uma ilusão.
Não há possibilidade de se experimentar o amor de forma
plena sem que este sentimento seja direcionado antes de
tudo para si mesmo. Aquele que não se ama, nem consegue
enxergar em si qualidades positivas, certamente
dependerá de forma absoluta da aceitação do mundo
exterior.
Quando se valoriza, a pessoa busca no outro uma parceria
saudável, com quem pode compartilhar a vida em todas as
suas dimensões, mas sem apego e dependência doentios.
Esta é a única possibilidade de que o amor se transforme
em fonte de alegria e não em motivo de angústia e dor.
A Constante Aventura do Amor
Essa é a alegria do amor: a exploração da consciência.
Se você se relaciona, e não reduz isso a um
relacionamento, então, o outro tornar-se-á um espelho
para você. Descobrindo o outro, você estará descobrindo
a si mesmo também. Aprofundando-se no outro, conhecendo
seus sentimentos, seus pensamentos, seus mais profundos
movimentos, você estará conhecendo suas mais profundas
agitações também.
... Relacionem-se... Prossigam procurando, buscando um
ao outro, encontrando novas maneiras de amar um ao
outro, encontrando novas maneiras de estar um com o
outro. E cada pessoa é um mistério tão infinito,
inexaurível, insondável, que jamais será possível que
você possa dizer, "eu a conheci", ou, "eu o conheci". No
máximo você pode dizer, "eu tentei o melhor que pude,
mas o mistério permanece um mistério".
Na verdade, quanto mais você conhece, mais o outro se
torna misterioso. Desse modo, o amor é uma aventura
constante".
Osho: The Book of Wisdom
Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga,
Consultora de I Ching e Terapeuta Floral. |