Cruzada

Título original:Kingdom of Heaven
Gênero:Aventura
Ano de lançamento:2005
Direção: Ridley Scott
Roteiro:William Monahan
Produção:Ridley Scott
Música:Harry Gregson-Williams
Fotografia:John Mathieson
Direção de Arte:Robert Cowper, John King e Marco Trentini
Figurino:Sonja Klaus
Edição:Dody Dorn
Efeitos especiais:Double Negative / Neil Corbould Special Effects Ltd. /
The Moving Picture Company
 

 

Elenco

 

Orlando Bloom - Balian
Liam Neeson - Godfrey de Ibelin
Eva Green - Princesa Sibylla
Michael Sheen - Padre
Nathalie Cox - Esposa de Balian
Marton Csokas - Guy de Lusignan
Alexander Siddig - Nasir
Brendan Gleeson - Reynald
Jeremy Irons - Tiberias
Jon Finch - Jerusalem
Michael Fitzgerald - Humphrey
Ghassan Massoud - Saladin
Khaled El Nabaoui - Mullah
Iain Glen - Ricardo Coração de Leão
Eriq Ebouaney - Firuz
Jouko Ahola - Odo
Philip Glenister - Squire
Bronson Webb - Aprendiz
David Thewlis - Hospitaller
Edward Norton - Rei Baldwin

 

 

Balian (Orlando Bloom) é um jovem ferreiro francês, que guarda luto pela morte de sua esposa e filho. Ele recebe a visita de Godfrey de Ibelin (Liam Neeson), seu pai, que é também um conceituado barão do rei de Jerusalém e dedica sua vida a manter a paz na Terra Santa. Balian decide se dedicar também à esta meta, mas após a morte de Godfrey ele herda terras e um título de nobreza em Jerusalém. Determinado a manter seu juramento, Balian decide permanecer no local e servir a um rei amaldiçoado como cavaleiro. Paralelamente ele se apaixona pela princesa Sibylla (Eva Green), a irmã do rei.

 

 

 

Contexto Histórico


No início do século XI a Europa vivia o auge do feudalismo, quando este começava a entrar em declínio. Superpopulação, a exploração feudal superior à capacidade de sobrevida material dos camponeses, somente os filhos mais velhos herdavam as posses dos pais nobres (os outros seguiam carreira sacerdotal ou partiam a aventuras – ou ambas) e estava isolada, cercada de inimigos ferozes.

As construções de castelos de pedra, com fossos cheios de animais perigosos, pontes levadiças, soldados em vigília permanente tinham sua razão de ser: ao Leste o perigo de invasões magiares, de hunos ou mongóis, em épocas diversas, era concreto. Ao Norte viviam os Vikings que, cruzando os rios europeus saqueavam o que lhes estava ao alcance. Ao Sul, o Mar Mediterrâneo se havia transformado num “lago muçulmano” no qual, durante muitos séculos, os cristãos não conseguiam fazer sequer uma tábua flutuar sem serem atacados.

Em 1095 o papa Urbano II, sensibilizado com a situação miserável do povo na Europa além das ameaças que se diziam pesar sobre os cristãos em peregrinação para a Palestina convocou uma Guerra aos Infiéis sob o mote repetido ad nauseam durante todo o período das Cruzadas: “Deus o quer! Deus o quer!” Foi prometida uma ampla indulgência e o caminho direto ao paraíso – não importam quais fossem os pecados – a todo o cristão que “tomasse a cruz” e fosse “libertar a Terra Santa”.

O fervor religioso era tamanho que o primeiro contingente de cristãos despreparados, liderados por um destes loucos sensacionais chamado de “Pedro, o Eremita”, foram à Palestina armados apenas com a sua fé e, naturalmente, foram massacrados ou escravizados pelos muçulmanos atacados em sua própria terra.

Os ânimos europeus se acirraram e uma Cruzada de Nobres foi convocada. Cavaleiros bem preparados e armados se dirigiram em contingentes gigantescos primeiro ao Egito e Chipre e, a seguir a um cerco direto a Jerusalém. Um comentarista da época relata entusiasmado o resultado final da vitória cristã sobre os muçulmanos em Jerusalém: “caminhava-se pelas ruas da cidade com sangue sarraceno até os joelhos”. O local onde fora construído o Templo de Salomão, transformado em Mesquita de Al-Aqsa, foi depredado e os sacerdotes passados todos a fio de espada (ainda hoje existem grupos muçulmanos que envergam o nome “Mártires de Al-Aqsa”, por sinal). O lugar era sagrado para os judeus pois tratava-se da Construção de um Templo cuja planta tinha sido divinamente inspirada; sagrado aos cristãos pois foi em Jerusalém que Jesus de Nazaré pregou, morreu supliciado na cruz e ressuscitou trazendo a seus seguidores o batismo com o Espírito Santo; sagrado para os muçulmanos porque se acredita que o profeta Maomé, o mais recente porta-voz de Deus na Terra, havia subido aos céus da Cúpula do Rochedo.



Texto: Lázaro Curvêlo Chaves

 

 

 

 

 

Imagens: Retiradas da NET
Wav: Harry Gregson/Williams - Burning the past

 

 

 

 

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