Senhor da
guerra, dono do trabalho porque possui todas
as ferramentas como seus símbolos. Orixá do
fogo e do ferro em que são forjados os
instrumentos como espada, a faca, a enxada,
a ferradura, a lança, o martelo, a bigorna,
a pá...
É o dono do Obé (faca) por isso vem logo
após o Exú porque sem as facas que lhe
pertencem não seriam possíveis os
sacrifícios. Ogum é o dono das estradas de
ferro e dos caminhos. Protege também as
portas de entrada das casas e templos. Ogum
é protetor dos militares, soldados,
ferreiros, trabalhadores e agricultores.

Lenda
Ogum foi o segundo filho de Iemanjá e era
muito ligado ao irmão mais velho, Exu. Os
dois eram muito aventureiros e brincalhões,
estavam sempre fazendo estrepolias juntos.
Quando Exu foi expulso de casa pelos pais,
Ogum ficou muito zangado e resolveu
acompanhar o irmão. Foi atrás dele e por
muito tempo os dois correram mundo juntos.
Exu, o mais esperto, resolvia para onde
iriam; e Ogum, o mais forte e guerreiro, ia
vencendo todas as dificuldades do caminho.
É por isso que
Ogum sempre surge no culto logo depois de
Exu, pois honrar seu irmão preferido é a
melhor forma de agradá-lo; e enquanto Exu é
o dono das encruzilhadas, Ogum governa a
reta dos caminhos.
Quando Ogum
conquistou o reino de Irê, deu o trono para
o filho e partiu em busca de novas batalhas.
Anos depois, ele voltou ; mas chegou no dia
de uma festa religiosa em que todos deviam
guardar silêncio. Sentindo sede, quis beber,
mas o vinho havia sido todo usado no ritual
religioso; pediu comida e ninguém lhe
respondeu, por causa da proibição religiosa.
Pensando que o desprezavam, Ogum puxou a
espada e matou todo mundo. Quando terminou a
cerimônia religiosa, o filho veio ao
encontro de Ogum, prestou-lhe todas as
homenagens e ofereceu-lhe um banquete.
Quando lhe explicaram o que ocorrera, Ogum
ficou horrorizado com seu crime. Cravou a
espada no chão e fez com que se abrisse um
grande buraco por onde se afundou,
tornando-se desde então um Orixá.

Oração para
Ogum
Orixá,
protetor, Deus das lutas por um ideal.
Abençoai-me, dai-me forças, fé e esperança.
Senhor Ogum, deus das guerras e das
demandas, livrai-me dos empecilhos e dos
meus inimigos.
Abençoai-me neste instante e sempre para que
as forças do mal não me atinjam.
Ogum Iê, Cavaleiro Andante dos caminhos que
percorremos. Patacori… Ogum Iê… Ogum meu
Pai, vencedor de demandas… Ogum Saravá Ogum…
E que assim seja!
Fontes:
Texto: Verger, Pierre; Orixás, Deuses
Iorubás na África e no Novo Mundo;
Currupio, Salvador, 1997.
  
Imagem recebi
sem autoria
Wav: Salve Ogum Beira Mar!
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