Orixá
associado à criação do mundo e da espécie
humana. Apresenta-se de duas maneiras: moço
– chamado Oxaguiam, e velho – chamado
Oxalufam.
O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o
do segundo é uma espécie de cajado em metal,
chamado ôpá xôrô. A cor de Oxaguiam é o
branco levemente mesclado com azul, do de
Oxalufam é somente branco. O dia consagrado
para ambos é a sexta-feira.
Sua saudação é ÈPA BÀBÁ ! Oxalá é
considerado e cultuado como o maior e mais
respeitado de todos os Orixás do Panteão
Africano. Simboliza a paz é o pai maior nas
nossas nações na Religião Africana.
Simboliza a paz é o pai maior nas nossas
nações na Religião Africana.
É calmo, sereno, pacificador, é o criador,
portanto respeitado por todos os Orixás e
todas as nações. A Oxalá pertence os olhos
que vêem tudo.
Lenda
Olodumaré
entregou a Oxalá o saco da criação para que
ele criasse o mundo. Porém essa missão não
lhe dava o direito de deixar de cumprir
algumas obrigações para outros Orixás e Exu,
aos quais ele deveria fazer alguns
sacrifícios e oferendas.
Oxalá pôs a
caminho apoiado em um grande cajado, o
Paxorô. No momento em que deveria
ultrapassar a porta do além, encontrou-se
com Exu que, descontente porque Oxalá se
negara a fazer suas oferendas, resolveu
vingar-se provocando em Oxalá uma sede
intensa. Oxalá não teve outro recurso senão
o de furar a casca de um tronco de um
dendezeiro para saciar a sua sede. Era o
vinho de palma o qual Oxalá bebeu
intensamente, ficou bêbado, não sabia onde
estava e caiu adormecido. Apareceu então
Olófin Odùduà que vendo o grande Orixá
adormecido roubou-lhe o saco da criação e em
seguida foi a procura de Olodumaré, para
mostrar o que teria achado e contar em que
estado Oxalá se encontrava.
Olodumaré
disse então que “se ele esta neste estado vá
você a Odùduà, vá você criar o mundo”.
Odùduà foi então em busca da criação e
encontrou um universo de água, e aí deixou
cair do saco o que estava dentro, era terra.
Formou-se então um montinho que ultrapassou
a superfície das águas. Então ele colocou a
galinha cujos pés tinham cinco garras. Ela
começou a arranhar e a espalhar a terra
sobre a superfície da água, onde ciscava
cobria a água, e a terra foi alargando cada
vez mais, o que em Ioruba se diz IlE`nfê
expressão que deu origem ao nome da cidade
Ilê Ifê. Odùduà ali se estabeleceu, seguido
pelos outros Orixás e tornou-se assim rei da
terra. Quando Oxalá acordou, não encontrou
mais o saco da criação. Despeitado, procurou
Olodumaré, que por sua vez proibiu, como
castigo a Oxalá e toda sua família, de beber
vinho de palma e de usar azeite de dendê.
Mas como consolo lhe deu a tarefa de modelar
no barro o corpo dos seres humanos nos quais
ele, Olodumaré insuflaria a vida.
Características:
Cores e Contas: Branco
Símbolo: Apoxorô
Dia da Semana: Sexta-Feira
Comidas: canjica, acaçá de inhame, arroz com
peito de frango, arroz doce.
Saudação: Epa Bábá!
Texto: Verger,
Pierre; Orixás, Deuses Iorubás na África e
no Novo Mundo;
Currupio, Salvador, 1997.
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